Há 90 anos estreava Metrópolis de Fritz Lang

Em 10 de janeiro de 1927 estreava Metropolis. Filme alemão de ficção científica lançado em 1927, dirigido pelo cineasta austríaco Fritz Lang. Foi, na época, a mais cara produção até então filmada na Europa, e é considerado por especialistas um dos grandes expoentes do expressionismo alemão e também foi uma obra-prima à frente do seu tempo, já que pode se dizer que continua atual. O roteiro, baseado em romance de Thea von Harbou, foi escrito por ela, em parceria com Lang. 

O filme se passa em 2026 onde ricos industriais governam a grande cidade de Metropolis da torre de complexos arranha-céus, enquanto uma classe inferior de trabalhadores e moradores subterrâneos trabalham constantemente para operar as máquinas que fornecem seu poder. Os poderosos ficam na superfície, onde há o Jardim dos Prazeres, destinado aos filhos dos mestres. Os operários, em regime de escravidão, trabalham bem abaixo da superfície, na Cidade dos Trabalhadores.

Esta poderosa cidade é governada por Joh Fredersen (Alfred Abel), um insensível capitalista cujo único filho, Freder (Gustav Fröhlich), leva uma vida idílica, desfrutando dos maravilhosos jardins. Mas um dia Freder conhece Maria (Brigitte Helm), a líder espiritual dos operários, que cuida dos filhos dos escravos. Ele conversa com seu pai sobre o contraste social existente, mas recebe como resposta que é assim que as coisas devem ser. Quando Josafá (Theodor Loos) é demitido por Joh, por não ter mostrado plantas que estavam em poder dos operários, Freder pede sua ajuda. Paralelamente Rotwang (Rudolf Klein-Rogge), um inventor louco que está a serviço de Joh, diz ao seu patrão que seu trabalho está concluído, pois criou um robô à imagem do homem. 

Ele diz que agora não haverá necessidade de trabalhadores humanos, sendo que em breve terá um robô que ninguém conseguirá diferenciar de um ser vivo. Além disto decifra as plantas, que são de antigas catacumbas que ficam na parte mais profunda da cidade. Curioso em saber o que interessa tanto aos operários, Joh e Rotwang decidem espioná-los usando uma passagem secreta. Ao assistir a uma reunião, onde Maria prega aos operários lhes implorando que rejeitem o uso de violência para melhorar o destino e pensar em termos de amor, dizendo ainda que o Salvador algum dia virá na forma de um mediador.


Mas mesmo este menor ato de desafio é muito para Joh, que ouviu a fala na companhia de Rotwang. Assim, Joh ordena que o robô tenha a aparência de Maria e diz para Rotwang escondê-la na sua casa, para que o robô se infiltre entre os operários para semear a discórdia entre eles e destruir a confiança que sentem por Maria. Mas Joh não podia imaginar uma coisa: Freder está apaixonado por Maria.

Esse filme recebeu diversas influencias artísticas como por exemplo a torre de Metropolis que foi inspirada na obra "Torre de Babel" do pintor flamengo Pieter Brueghel, do século XVI. A máscara da ginoide foi inspirada nos trabalhos dos escultores Oscar Schelmmer e Rudolf Belling.

Assim como influenciou outras obras, como por exemplo o androide C-3PO da saga de filmes de George Lucas, "Star Wars" teve o seu visual inspirado pela ginoide. A banda britânica Queen baseou-se no filme para criar o clipe de "Radio Ga Ga" (1984). Diversos filmes de ficção-científica utilizaram como inspiração a torre de Metropolis, como por exemplo "Buck Rogers in the 25th Century" (1979). 

O diretor  Fritz Lang é considerado como um dos mais famosos nomes da escola do expressionismo alemão. E é considerado também o criador do gênero ficção científica.

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Um comentário:

  1. Eu o considerei, na "própria definição prática das palavras" (HAL 9000, de 2001: A Space Odyssey) simplesmente espetacular quando o vi pela primeira vez em 1985, na versão musical de Giorgio Moroder! Durante anos, fiquei quase um depressivo, acreditando que nunca veria as cenas perdidas. Fantasiei muito encontrando as citadas cenas perdidas. Até que em 2008 fiquei sabendo, pela web, destas cenas encontradas no Museo del Cine, de Buenos Aires, Argentina. Fiquei eletrizado!

    É sempre positivo ter fé.

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